O que é a Osteopatia
22-04-2013 14:06
O que é a Osteopatia?
Criada nos EUA por Andrew Taylor Still, um médico, a Osteopatia rapidamente se difundiu até ao Reino Unido, onde se tornou bastante popular, reconhecida e integrada no sistema nacional de saúde.
Através de uma vasta gama de técnicas de manipulação manuais, a Osteopatia age sobre a estrutura do corpo – particularmente músculos, ligamentos, nervos, articulações e órgãos.
É uma terapia manual e um sistema de avaliação, com os seus próprios princípios subjacentes. Permite detectar e tratar áreas afectadas, restabelecendo a natural capacidade de cura do organismo e, em última instância, restaura o equilíbrio global.
A Osteopatia é considerada uma medicina complementar e não alternativa. Tem uma visão holística (na medida em que observa o corpo como um todo) e assim sendo não é orientada para os sintomas, mas sim para a causa desses mesmos sintomas.
Esta abordagem implica um relacionamento próximo e proactivo com médicos – frequentemente ortopedistas, neurologistas e médicos de família – e também com hospitais e outros prestadores de cuidados de saúde, no sentido de assegurar ao paciente o melhor nível de prestação de cuidados.
Ao Osteopata é exigido ter conhecimentos de Anatomia, Fisiologia, Biomecânica, Neurologia, de forma a possuir as ferramentas necessárias para, na sua função de profissional de Saúde, conseguir fazer um diagnóstico preciso e um tratamento adequado, sem prejudicar, em momento algum, o paciente.
O que esperar de uma consulta de Osteopatia?
A Consulta De Osteopatia
Inicia-se por um exame completo:
A anamnese : Desde a história clínica do paciente, seus antecedentes, história clínica familiar, traumatismos, assim como factores extrínsecos e intrínsecos, emocionais, a observação da postura e desequilíbrios, avaliação dos tecidos e articulações para determinar o objectivo do tratamento para cada individuo e a sua orientação.
Para determinar o objectivo do tratamento para cada individuo e a sua orientação.
A 1ª Consulta
Duração entre uma hora a uma hora e meia. O ritmo das sessões de tratamentos variam de acordo com o paciente.
Ir a uma consulta de Osteopatia
Quando for à sua primeira consulta, terá que falar sobre o historial do seu caso e depois ser-lhe-á feito um primeiro diagnóstico. Possivelmente ser-lhe-á pedido para retirar algumas peças de roupa, consoante o local da dor ou problema e em seguida para executar uma série de simples movimentos. Através da capacidade sensorial avançada do contacto directo com as pessoas aquilo a que se chama de palpação, os osteopatas são capazes de identificar, por vezes com facilidade, eventuais pontos de fraqueza ou excessiva tensão corporal, outras vezes não. Mas nestes casos ou noutros possíveis, o osteopata pode pedir para fazer exames suplementares. Como por exemplo, radiografias. O número de consultas de Osteopatia varia consoante os casos clínicos. No entanto, a pessoa é acompanhada durante algum tempo. Os tratamentos são na maioria dos casos semanais e, numa segunda fase, quinzenais. A média situa-se entre os 4 e os 6 tratamentos.
O que trata?
Indicações:
Sistema ortopédico e locomotor:
Entorses;
Tendinites;
Lombalgias;
Cervicalgias ;
Dorsalgias;
Periatrite do ombro;
Dores articulares;
Escolioses;
Pubalgias.
Sistema neurológico:
Ciatalgia;
Nevralgia cervico-braquial;
Nevralgia facial;
Cruralgia;
Nevralgia intercostal.
Sistema neurovegetativo:
Depressões;
Ansiedade;
Stress;
Disfunções do sono.
Seqüelas de traumatismos:
Acidentes de carro;
Quedas sobre quaisquer partes do corpo.
Evite as dores nas costas
A dor nas costas é um dos problemas mais comuns no consultório do Osteopata. Com raras excepções, toda a gente ou já teve, ou tem, ou terá dor nas costas.A coluna funciona como uma pilha de tijolos, onde as vértebras mais inferiores sustentam todo o peso. Entre as vértebras existe uma espécie de “almofada gelatinosa”, o disco intervertebral.
Podemos destacar os factores mais comuns relacionados com o aparecimento da dor nas costas:
* Causas anatómicas (forma errada de pisar, defeito na formação da estrutura da coluna, diferença entre o comprimento das perna);
* Deficiências posturais: hiperlordose, cifose…;
* Excesso de peso: mesmo 2-3kgs podem fazer diferença, experimente carregar um bebê o dia inteiro;
* Sedentarismo: passar longo período sentado (a pior posição para a coluna) é muito prejudicial. É importante a cada meia hora dar uma levantada. Além disso, a inactividade enfraquece e encurta a musculatura que dá sustentação para a espinha dorsal;
* Erros na forma de realizar atividades diárias: A coluna é sobrecarregada quando o corpo é flexionado ou rodado. É preciso atenção na forma de sentar, como se baixar para apanhar algo ou carregar peso. Procure não dormir num colchão onde a sua coluna afunda;
* Excesso de impacto: algumas actividades desportivas podem acelerar o desgaste, sobrecarregando a musculatura, o disco e até causar fracturas por fadiga na coluna. Entre os desportos onde a coluna é mais castigada, destaca-se a ginástica olímpica, halterofilismo, golfe, maratona. No caso do ténis, o excesso de rotação do tronco e a hiper extensão da coluna durante o “serviço”, associados às súbitas mudanças de direcção durante o jogo, podem, no caso de algum descuido com o seu corpo, ser bastante prejudiciais;
*Stress: causa um tensionamento da coluna, nossa postura se deteriora; os ombros “enrolam-se para dentro”, o pescoço endurece, os músculos ficam encurtados, a respiração torna-se mais restrita. Contribui para desencadear a dor lombar. É comum o indivíduo passar por um stress no campo profissional ou afectivo;
* Artrose: ocorre espessamento do osso com o aparecimento de saliências (“os bicos de papagaio”) que podem diminuir o espaço para a passagem dos nervos;
* Osteoporose: o osso fica mais poroso e pode sofrer achatamento da vértebra, facto que pode ser bem doloroso, tornando o indivíduo mais baixo e encurvado;
*Hérnia de disco: Com a sobrecarga, já a partir dos 25 anos, o disco começa a sofrer um processo de desidratação, tornando-se mais frágil e podendo sofrer um abaulamento, a hérnia de disco acaba por comprimir a saída dos nervos da coluna, causando dor irradiada para a perna;
*Causas não ortopédicas: cuidado! A dor nas costas pode ser reflexa de outro problema, como por exemplo, cálculo renal, tumor de próstata ou pancreatite.
Se você se enquadra em algum destes factores procure prevenir a dor e não deixá-la instalar-se e prejudicar a sua qualidade de vida.
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